Mulheres que amam cerveja: um bate-papo com a sommelier Jéssica Lopes

Nas lojas de cerveja, nos bares e na indústria cervejeira: as mulheres estão cada vez mais presentes quando o assunto é demonstrar a paixão e o interesse pela cerveja.

Até mesmo profissões relacionadas à cerveja, que antes eram restritas quase que exclusivamente aos homens, já não são mais encaradas dessa forma. Prova disso é que só na equipe nacional de sommeliers da Ambev, por exemplo, de 26 especialistas em cerveja18 deles são mulheres.

E para mostrar um pouquinho como funciona esse mercado, e claro, pegar umas dicas na hora de escolher uma boa cerveja, conversamos com a blogueira e sommelier Jéssica Lopes – que aliás também é uma das estrelas da KBLO**, a nova linha de shampoos, condicionadores e máscaras com venda exclusiva na Farmácias Associadas.

Confira como foi o nosso bate-papo e, para se aprofundar mais no universo cervejeiro, acompanhe o canal Femme Fetale by Jeh no Youtube. Cheers!

Como surgiu o seu interesse pelo mundo da cerveja?

Meu interesse surgiu quando bebi pela primeira vez cerveja artesanal. Nesse momento, vi que eram completamente diferentes daquilo que estava acostumada e que era ofertado em grande massa nos supermercados. Foi como se me tirassem as vendas dos olhos e eu passasse a conhecer um novo mundo (risos).

Como você se tornou sommelier? Qual é a sua formação?

Primeiro de tudo, eu estudei muito, de forma independente. Tem muitos livros no mercado que são ótimos pra te iniciar nesse universo e é claro, bebi muita cerveja – calma! De forma moderada, uma por vez, sempre priorizando degustá-la e analisá-la. Depois, procurei formação para realmente me tornar sommelier e poder atuar na área, que consegui através do curso ofertado pelo Instituto da Cerveja Brasil, uma das maiores instituições de ensino cervejeiro.

Você já trabalha na área, certo? Quais são as possibilidades de atuação no mercado?

Certo! As possibilidades, na verdade, são infinitas. Para um sommelier, por exemplo, pode ser atuar em fábricas, trabalhando na área de análise, controle de qualidade e tudo que envolve análise sensorial; pode atuar junto a estabelecimentos gastronômicos, desenvolvendo harmonizações; ou estabelecimentos que vendem a bebida, montando carta, atendendo o público consumidor, explicando estilos; assim como atuando em eventos, palestras, ministrando workshops, etc.

E como foi a sua entrada no mercado? Você já sentiu ou sente alguma resistência pelo fato de ser mulher?

Aconteceu de maneira natural. Com contatos feitos em eventos e nos próprios cursos que realizei. Quanto ao fato de ser mulher, sinto muito mais resistência de quem está de fora, de quem me vê falando que atuo na área, dos próprios consumidores também, do que de pessoas que estão dentro do mercado cervejeiro.

Nesse universo cada vez maior de cervejas artesanais, quais são as suas favoritas (entre estrangeiras e brasileiras) e por quê?

É muito difícil responder essa pergunta (risos), principalmente citar rótulos, então eu sempre cito uma preferência em estilo, que são os que têm potencial de guarda, como Dark Strong Ale, Barlwy Wine, Stout, Porter, Imperial Ipas. O que isso quer dizer? São cervejas que podem ser armazenadas e envelhecidas por anos.

As complexidades sensoriais dessas cervejas são fascinantes, instigadoras! É uma experiência sensorial única e quanto mais o tempo passa, novas características são acrescentadas a essa cerveja.

E entre as não artesanais, existem rótulos que mantêm um bom padrão de qualidade?

É muito relativo falar sobre cerveja artesanal e não artesanal. O nome “artesanal”, virou quase um sinônimo de cerveja que não seja Skol, Antarctica e todas essas que estão nas prateleiras disputando o valor de qual fardo é mais barato.

Mas na verdade, cerveja artesanal são aquelas produzidas em baixa escala, por micro/médias cervejarias. Muitos dos rótulos “artesanais” que encontramos à venda, são de cervejarias que foram compradas por grandes redes, como AmBev, Skin, não sendo mais consideradas artesanais. Mas tem sim muito rótulo de qualidade sendo produzido em grande escala. Das mais populares, eu curto a Heineken e acaba sendo sempre minha opção no churras com os amigos (risos).

Quais dicas você dá para as mulheres que querem saber mais sobre o universo cervejeiro mas não sabem bem por onde começar?

Hoje em dia, tem muito canal no Youtube que oferece conteúdo cervejeiro – inclusive o meu! (risos) – e é um bom lugar pra começar. Também tem livros de fácil acesso que são ótimos para introdução nesse universo, como o Larousse da Cerveja e o Grande Livro da Cerveja.

E é claro, beba cerveja. Vá a um bar, escolha um estilo diferente para experimentar e conhecer. Na hora de comprar, olhe o rótulo, procure no Google a respeito dele, veja a descrição do mesmo. Experimente e se permita!

Como tudo na vida, é um jogo de acerto e erro. Não é porque você não gostou de um, que não vai gostar de todos. São mais de 100 estilos por aí, completamente diferentes entre si e com certeza você irá se identificar com muitos deles.


* Todas as imagens cedidas por Jéssica Lopes. Acompanhe a sommelier pelo Instagram em @femmefatalebyjeh e também pelo Youtube em Femme Fatale by Jeh.

** Jéssica Lopes é garota propaganda da KBLO + Cor. Disponível nos formatos shampoo, condicionador e máscara, e com venda exclusiva na Farmácias Associadas, o produto atua na preservação e realce da cor dos cabelos tingidos. Sua fórmula contém ingredientes vegetais derivados do arroz e da soja, que protegem o cabelo tingido do desbotamento, além de extrato de chá-preto, que regula a oleosidade da raiz.

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