Febre Amarela: saiba como prevenir

O aumento no número de casos de febre amarela, infelizmente, voltou a ser notícia no Brasil. E uma das formas de combater o avanço da doença é através da disseminação de informações sobre a prevenção.

Por isso, o Penteadeira reuniu as principais recomendações do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual da Saúde do RS para manter a febre amarela longe de você e da sua família.

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A FEBRE AMARELA
1. O que é a febre amarela?

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores, e possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa para pessoa.

2. Como a febre amarela é transmitida?

A infecção acontece quando uma pessoa, que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra ela, circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o mosquito Aedes Aegypti no meio urbano, ou seja, nas grandes cidades. Uma pessoa não transmite a doença diretamente para outra.

3. Os macacos transmitem a febre amarela?

Os macacos não transmitem a febre amarela, eles são apenas hospedeiros do vírus na mata e agem como sentinelas. Isso significa que quando a doença é diagnosticada no animal é possível atuar de forma mais rápida, uma vez que a morte de macacos é um aviso de que o vírus está presente em uma determinada região.

4. Quais são os sintomas da doença?

Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença.

Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem doença grave acabam não resistindo.

5. O que fazer em caso de apresentação de sintomas semelhantes ao da febre amarela?

Depois de identificar alguns dos sintomas relacionados no item anterior, procure um médico na unidade de saúde mais próxima. É importante informar o médico sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas, ou se você observou mortandade de macacos próximo aos lugares visitados. Informe, ainda, se você tomou a vacina contra a febre amarela e a data.

6. Como é feita a prevenção da doença?

A principal forma de prevenção individual da febre amarela é através da vacinação da população que reside em áreas de foco da doença, além das pessoas que pretendem viajar para tais lugares.

Além disso, é importante evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença em meios urbanos.  Para tanto, deve-se evitar o acúmulo de água parada em recipientes destampados, que são os ambientes de reprodução do mosquito.

Outras medidas que podem ajudar na prevenção: utilizar mosquiteiro, colocar telas nas janelas e usar repelentes de insetos.

7. Quem deve tomar a vacina contra a febre amarela?

A vacina deve ser tomada por pessoas que residam ou que irão viajar para áreas consideradas de maior risco de exposição, como locais de matas, florestas, rios, cachoeiras, parques e o meio rural com circulação do vírus. Atualmente, as áreas de risco no Brasil são: Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e da Região Norte.

Alguns países exigem, para entrada em seu território, a comprovação da vacinação contra a febre amarela. Portanto quem tem viagem internacional marcada também deve buscar informações sobre os procedimentos que eventualmente devem ser realizados em relação à vacina.

8. Quais são as orientações para o Estado do Rio Grande do Sul?

No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual da Saúde disponibiliza informações através do telefone 150. O Disque Vigilância 150 orienta sobre sintomas, formas de transmissão da doença, quem pode se vacinar e locais de vacinação. O atendimento com pessoal especializado ocorre de segunda a sexta, das 8h30 às 22h, e nos sábados, domingos e feriados, das 8h às 20h.

Vale lembrar ainda que até a data de 18 de janeiro de 2018 não havia sido constatada a circulação do vírus da febre amarela em Porto Alegre, nem no Rio Grande do Sul.

9. Quais são as contraindicações para vacinação?

A vacina da febre amarela está contraindicada para pessoas com 60 anos ou maisportadores de comorbidades e gestantes. Para estas pessoas o médico deverá avaliar o risco da doença e o risco de eventos adversos pós-vacinação.

Para as mulheres que estão amamentando crianças menores de 6 meses também não está indicada a vacinação. No caso de terem recebido inadvertidamente a vacina, o aleitamento materno deve ser suspenso por 10 dias.

Também não devem ser vacinadas as crianças com menos de 9 meses de idade, pessoas com alergia grave à proteína do ovo e portadoras de doenças autoimunes. Pessoas com imunodepressão deverão ser avaliadas e vacinadas segundo orientações médicas.

10. Se eu não puder tomar a vacina, como posso me prevenir?

Pessoas que têm contraindicação para a vacina da febre amarela devem evitar o contato com ambientes silvestres e viagens para áreas de risco. Também devem fazer uso de repelentes de insetos e roupas de manga comprida quando possível. A utilização de telas nas janelas, para evitar a entrada de mosquitos também ajuda.

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