A síndrome pós-Covid, também chamada de Covid longa, é um sinal de alerta para quem já teve coronavírus. Isso porque a situação se caracteriza por um conjunto de sinais e sintomas que podem persistir por mais de três meses após o diagnóstico da Covid-19.
Um levantamento realizado pela Universidade de Washington, nos EUA, com 87 mil pessoas infectadas pelo coronavírus, confirmou que, apesar de ser inicialmente um vírus respiratório, as sequelas da doença podem afetar quase todos os sistemas orgânicos do corpo.
Portanto, é fundamental conhecer os sintomas da síndrome pós-Covid para buscar o tratamento e a reabilitação adequados. Assim, se você já teve coronavírus, ou tem algum amigo ou familiar que foi infectado, fique de olho nas informações que selecionamos sobre o tema!
QUAIS PACIENTEs ESTÃO SUSCETÍVEIS À SÍNDROME PÓS-COVID?
Ao mesmo tempo em que as sequelas do coronavírus podem ser multissistêmicas, afetando diversos sistemas do corpo, também acometem pacientes de diferentes perfis.
Nesse sentido, embora a síndrome pós-Covid seja mais comum em pacientes que tiveram quadros graves, com internações prolongadas, aqueles que tiveram quadros leves ou moderados também podem desenvolver complicações prolongadas da infecção. Além disso, não se descarta que pacientes assintomáticos venham a apresentar sequelas.
Em entrevista ao site da Prefeitura de São Paulo, a médica coordenadora do Departamento de Infectologia no Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), Michele Higa Fróes, aponta que ainda não há uma regra, mas já existe uma prevalência de síndrome pós-Covid nas pessoas com comorbidades ou de idade mais avançada.
POR QUANTO TEMPO AS SEQUELAS PERSISTEM?
Da mesma forma que a ciência ainda não mapeou todas as sequelas da Covid-19, ainda não é possível determinar com precisão por quanto tempo esses problemas podem ocorrer.
Estudos apontam que até 80% dos recuperados sentem ao menos um sintoma até quatro meses depois do fim da infecção. Já uma pesquisa publicada no periódico médico Jama Network mostrou que 30% dos participantes ainda relatavam sintomas nove meses após contrair o vírus.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA SÍNDROME PÓS-COVID?
Entre os principais sintomas apontados pelos pacientes após a fase aguda da doença estão dor de cabeça persistente, perturbação do sono e alterações do olfato e paladar. Além disso, por conta dessas alterações, também podem ocorrer perda ponderal e a não recuperação do peso.
Em relação ao trato respiratório, a fibrose pulmonar – cicatriz da inflamação pulmonar – é a sequela mais frequente. A condição causa tosse crônica e dificuldade de respirar, além de dores no peito.
Já o sistema cardiovascular pode sofrer com arritmias e insuficiência cardíaca, ambas consequências da inflamação do músculo cardíaco que pode ocorrer durante a infecção.
No sistema neuropsiquiátrico já foram registradas sequelas como esquecimento, déficit de atenção e de memória. Como o coronavírus é capaz de atravessar o sistema nervoso, pode provocar processos desmielinizantes, como a Síndrome de Guillain-Barré, condição na qual o sistema imunológico atinge os nervos periféricos e os ataca, acarretando formigamentos, dificuldade motora e perda de força dos membros de forma ascendente.
Por fim, é preciso levar em consideração também as sequelas psicológicas, a exemplo da depressão, que podem acometer alguns pacientes após a infecção pelo coronavírus.
COMO TRATAR A SÍNDROME PÓS-COVID?
O ideal é que todos os pacientes diagnosticados com coronavírus realizem um check-up cardiológico e pulmonar após a fase aguda da doença.
A síndrome pós-Covid pode envolver um conjunto amplo de sintomas – tais como falta de ar, cansaço, dores musculares, perda de olfato e paladar e distúrbios de ansiedade. Por isso, é preciso combater tais sequelas de forma multidisciplinar.
Isso significa que, além do check-up que mencionamos, em alguns casos pode ser indicada fisioterapia para reabilitação e tratamento dos problemas musculares e respiratórios. Também pode ser recomendada intervenção medicamentosa.
Nessa linha de cuidados, são igualmente importantes as avaliações de psicólogos, psiquiatras e de um geriatra para os pacientes idosos.
Vale lembrar que, quanto mais rápido o paciente procura por orientação profissional, maior a possibilidade de a recuperação ser total, além de mais rápida. Esperamos que as informações que selecionamos possam auxiliar nesse sentido. 😉
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* Com informações de Prefeitura Municipal de São Paulo.
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