Pode parecer só um detalhe da rotina, mas a higiene bucal é tão importante que, quando deixada de lado, pode ocasionar problemas graves. E um deles é a gengivite.
A gengivite é uma doença silenciosa e de ocorrência bastante comum. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Periodontologia (Sobrape), quando considerado em seus diferentes níveis de gravidade, o problema afeta pelo menos 97% da população.
O principal alerta é que, se não for tratada a tempo, a doença pode não apenas acarretar sintomas desconfortáveis como pode comprometer toda a estrutura que dá suporte aos dentes. Ou seja, gengivite é coisa séria e que precisa de atenção. Portanto, confira abaixo quais são as principais causas do problema e como tratá-lo.
O QUE É GENGIVITE?
Gengivite é uma inflamação da gengiva que pode comprometer um ou mais dentes. Ela é causada pela placa bacteriana: uma fina película que adere à superfície dos dentes e fica depositada no espaço em que o dente encontra a gengiva. No estágio inicial da doença, o osso e o tecido onde se fixam os dentes não são afetados.
Sem os cuidados necessários, porém, a gengivite pode evoluir para a periodontite, uma forma mais grave da doença que compromete todos os tecidos ao redor do dente e que pode causar retração da gengiva e, consequentemente, amolecimento e perda dos dentes.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA GENGIVITE?
Quando o osso e os tecidos responsáveis pela fixação dos dentes não foram danificados, os sintomas mais comuns são inchaço, vermelhidão ao redor do contorno dos dentes e sangramento – que pode ser espontâneo ou durante a escovação e o uso do fio dental.
E QUAIS SÃO AS CAUSAS DO PROBLEMA?
A causa mais comum da gengivite é a falta de higiene bucal adequada, que permite o acúmulo da placa bacteriana nos dentes e na gengiva. Outras causas possíveis são má oclusão, tártaro, cáries, ausência de restaurações, baixa produção de saliva, cigarro e uso de certos medicamentos.
Alterações hormonais que ocorrem na puberdade, durante a menstruação, na gravidez e na menopausa provavelmente explicam os episódios de gengivite que se instalam nessas fases da vida e, por isso, exigem acompanhamento odontológico e cuidados de higiene bucal especiais e redobrados.
Estudos mostram que a gengivite e a periodontite também estão relacionadas a fatores genéticos. Quando esse tipo de quadro é diagnosticado pela história familiar, a atenção aos cuidados com a higiene bucal deve ser intensificada.
COMO FAZER O DIAGNÓSTICO DA GENGIVITE?
O sangramento é um dos sintomas mais comuns da gengivite. Assim, é importante lembrar que gengiva sangrando não é normal e, quando isso acontece, é necessário fazer uma avaliação com o dentista. Para realizar o diagnóstico da gengivite, o profissional costuma cumprir as seguintes etapas de análise:
- Avaliação do controle de placa;
- Avaliação da presença de sangramento;
- Avaliação da saúde da mulher;
- Avaliação de alterações sistêmicas ou presença de tabagismo que possam estar influenciando no estado periodontal.
E COMO É FEITO O TRATAMENTO?
O tratamento pode se estender por várias sessões, individuais ou coletivas, de preferência semanais, cujo número irá depender do controle da doença. Os seguintes procedimentos podem ser adotados:
- Remoção ou tratamento de fatores retentivos de placa;
- Raspagem e polimento supragengival profissional;
- Ações educativas para controle de placa;
- Utilização de controle químico da placa (apenas quando necessário e por um tempo limitado);
- Monitoramento e controle dos fatores de risco como diabetes, gravidez, alterações hormonais, entre outros;
- Em caso da gengivite estar relacionada com fatores sistêmicos ou medicamentosos, deve ser avaliada a possibilidade de intervenção sobre esses fatores.
O progresso do tratamento dependerá da avaliação do controle de placa e da atividade de doença. Poderá ter alta o paciente com ausência de sangramento gengival aliada com uma quantidade mínima de placa, compatível com o seu estado de saúde periodontal.
Como vimos, a gengivite é uma doença bastante comum mas que pode ser controlada e prevenida através de uma higiene bucal eficaz. Aliás, você sofreu com algum episódio de gengivite? Se sim, como você identificou o problema? Conta pra gente nos comentários!
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** Com informações do Ministério da Saúde e site Drauzio Varella.