Você sabe o que são linfomas? Conheça os principais sintomas e opções de tratamento

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Linfomas são um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, responsável por proteger o corpo contra infecções. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 15 mil novos casos de linfomas são diagnosticados por ano no Brasil, e infelizmente, quase quatro mil pessoas perdem a vida anualmente por causa da doença.

Para chamar a atenção sobre a importância de reconhecer os sinais e buscar tratamento o quanto antes, foi criado o Dia Mundial de Conscientização dos Linfomas, celebrado em 15 de setembro. 

Neste texto, vamos listar os principais sintomas da doença, além de abordar as opções de tratamento disponíveis, destacando como o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença no sucesso da recuperação. Siga a leitura conosco!

O que são linfomas?

Os linfomas são um tipo de câncer que afeta as células de defesa do corpo, chamadas linfócitos, que são responsáveis por combater infecções. Eles se desenvolvem principalmente nos linfonodos, conhecidos como gânglios linfáticos, que por sua vez compõem o sistema imunológico.

No Brasil, os linfomas estão entre os oito tipos de câncer mais comuns, afetando cerca de 6 pessoas a cada 100 mil habitantes. Homens têm uma leve tendência a desenvolver a doença mais do que mulheres. O risco de morte por linfoma é de aproximadamente 2 pessoas para cada 100 mil, de acordo com o Ministério da Saúde.

Quais são os tipos de linfomas?

Quando um câncer tem origem no sistema imunológico, ele pode ser um linfoma de Hodgkin ou linfoma não Hodgkin.

O linfoma não Hodgkin geralmente cresce devagar e pode levar anos para apresentar sintomas, muitas vezes se desenvolvendo sem a pessoa perceber. Já o linfoma de Hodgkin é mais agressivo, cresce rápido e precisa de tratamento logo que ocorre o diagnóstico.

Quais são os principais sintomas da doença?

  • Linfoma de Hodgkin:  como pode surgir em qualquer parte do corpo, os sintomas dependem da sua localização. Caso se desenvolva em áreas como pescoço, axilas e virilha, formam-se ínguas indolores nestes locais. Se a doença ocorre na região do tórax podem surgir tosse, falta de ar e dor torácica. Quando se apresenta na pelve ou no abdômen, os sintomas são desconforto e distensão abdominal. Outros sinais de alerta são febre, cansaço, suor noturno, perda de peso sem motivo aparente e coceira no corpo.
  • Linfoma não Hodgkin: pode causar o aumento dos linfonodos (gânglios) no pescoço, axilas ou virilha, além de sintomas como suor noturno excessivo, febre, coceira na pele e perda de peso maior que 10% sem uma causa aparente.

O que aumenta o risco de desenvolver um linfoma?

O risco de desenvolver linfoma é maior em pessoas com sistema imune comprometido, como portadores de HIV, pacientes que usam imunossupressoras e aqueles com doenças genéticas que afetam a imunidade. 

Há também uma ligação entre a infecção pelos vírus Epstein-Barr, HIV-1, HTLV1 e a bactéria Helicobacter pylori com alguns tipos de linfoma. 

Além disso, a exposição a certas substâncias químicas, como agrotóxicos e solventes, aumenta o risco, especialmente entre trabalhadores rurais, da indústria química e de setores expostos à radiação e produtos tóxicos.

Como é o diagnóstico do linfoma?

Para diagnosticar corretamente o linfoma, há vários exames que ajudam a identificar o tipo exato e outras características importantes para escolher o melhor tratamento. 

Alguns dos exames indicados incluem a biópsia, onde uma pequena amostra do tecido (geralmente dos gânglios linfáticos) é analisada, além de punção lombar, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Quais as opções de tratamento do linfoma?

Na maioria dos casos, os linfomas são uma doença curável quando tratados adequadamente. O tratamento clássico é a poliquimioterapia, ou seja, quimioterapia com múltiplas drogas, com ou sem radioterapia associada. 

Se a doença voltar ou não responder ao tratamento inicial, alternativas como novos ciclos de quimioterapia ou transplante de medula óssea são consideradas.

Por que é importante o diagnóstico precoce?

Detectar o linfoma precocemente aumenta as chances de sucesso no tratamento. Isso pode acontecer por meio de exames clínicos, laboratoriais ou de imagem em pessoas que apresentam sinais e sintomas suspeitos. 

O diagnóstico precoce é fundamental para garantir melhores chances de cura, e deve ser uma opção para quando surgirem os sintomas que mencionamos nos tópicos anteriores, especialmente:

  • Caroços indolores sob a pele, especialmente no pescoço, virilha ou axilas;
  • Febre e suores noturnos;
  • Cansaço excessivo e perda de peso sem motivo aparente;
  • Coceira na pele.

Embora esses sintomas muitas vezes não tenham como causa os linfomas, é importante investigá-los se persistirem. Quanto mais cedo ocorrer a identificação do linfoma, maior a chance de um tratamento eficaz, bem como de uma recuperação bem-sucedida. O diagnóstico precoce pode salvar vidas, facilitando o controle da doença antes que ela avance.

Portanto, mantenha seus exames em dia e não deixe de procurar um médico ao notar algo diferente no corpo. Compartilhe este conteúdo com amigos e familiares, pois a informação pode ajudar a salvar vidas. Quer ver mais conteúdos como esse por aqui? Deixe sua sugestão nos comentários!


* Confira também aqui no blog o post Como prevenir o câncer? Conheça 6 mitos e verdades sobre o tema!.

** Com informações de Fiocruz e Instituto Nacional do Câncer.

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