Fevereiro Laranja: como diagnosticar e combater a Leucemia

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O Fevereiro Laranja é uma campanha que alerta a população sobre a leucemia, um tipo de câncer que afeta as células sanguíneas da medula óssea. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 11 mil novos casos da doença são estimados para os próximos anos, reforçando a importância da conscientização.

Embora o tratamento tenha avançado, a leucemia ainda causa milhares de mortes, como aponta o Atlas de Mortalidade por Câncer de 2020. Por isso, a campanha busca divulgar informações sobre a doença, seus sintomas e os tratamentos disponíveis.

Outro foco da iniciativa é chamar a atenção para a doação de medula óssea, um gesto essencial para salvar a vida de muitos pacientes que enfrentam a doença.

Neste texto, vamos abordar como a leucemia se manifesta, seus principais sintomas e como cada um de nós pode contribuir para fortalecer a campanha Fevereiro Laranja!

O que caracteriza a leucemia

A leucemia é um tipo de câncer que afeta as células do sangue, especialmente os leucócitos, que são responsáveis por defender o organismo.

Na doença, essas células crescem de forma descontrolada e anormal, o que prejudica a saúde e o funcionamento do corpo. Reconhecer os sinais precocemente pode fazer toda a diferença no tratamento.

O diagnóstico da leucemia começa com exames simples, como o hemograma, que avalia as células do sangue. Em casos de suspeita, exames mais específicos, como os de medula óssea (mielograma, imunofenotipagem e cariótipo), ajudam a confirmar a doença e a direcionar o melhor tratamento.

Como a leucemia se manifesta

A leucemia pode se apresentar de duas maneiras: aguda ou crônica, cada uma com características e evoluções diferentes. 

Na forma aguda, as células do sangue são imaturas e não conseguem desempenhar suas funções, o que torna a doença mais grave. Se não tratada, a evolução é rápida e pode levar a complicações sérias. A boa notícia é que, em muitos casos, o tratamento pode levar à cura, dependendo de fatores como o tipo da doença e a resposta do organismo.

Já a leucemia crônica é mais lenta e menos agressiva no início. Nesse caso, as células têm algum nível de maturação e podem continuar funcionando parcialmente. Muitas vezes, a doença aparece em exames de rotina, pois o paciente pode passar meses ou até anos sem apresentar sintomas.

Embora as formas aguda e crônica tenham diferenças importantes, ambas requerem acompanhamento médico. Quanto antes acontecer o diagnóstico, maior é a chance de controlar ou até curar a doença.

Quais os tipos de leucemia

Classificam a leucemia em dois tipos principais, dependendo das células atingidas: mielóide e linfóide. Além disso, ela pode ser subdividida em subtipos:

Leucemia Mielóide Aguda (LMA)

Esse é um tipo grave que ocorre principalmente em adultos. A LMA tem uma taxa de mortalidade elevada, mas há chances de cura em muitos casos, especialmente com o tratamento adequado e precoce.

Leucemia Linfóide Aguda (LLA)

Mais comum em crianças, a LLA é uma doença grave, mas apresenta altas taxas de cura na infância. Já em adultos, o prognóstico é menos favorável, exigindo atenção redobrada no tratamento.

Leucemia Mielóide Crônica (LMC)

Esse tipo afeta principalmente os adultos e pode não apresentar sintomas no início. Com o tempo, pode causar aumento do baço e, se não tratada, pode evoluir para uma forma aguda.

Leucemia Linfóide Crônica (LLC)

Mais frequente em idosos, a LLC avança lentamente e o controle acontece com medicamentos. Apesar disso, ela não tem cura, mas o tratamento ajuda a melhorar a qualidade de vida do paciente.

Quais os sintomas da leucemia

A leucemia pode apresentar sinais variados, que muitas vezes são confundidos com sintomas de outras condições. Por isso, é importante estar atento ao que o corpo mostra e procurar um médico caso algo esteja fora do normal. Veja quais são os principais sintomas:

  • Palidez e cansaço extremo;
  • Manchas roxas e sangramentos anormais;
  • Febre e sudorese noturna;
  • Dor nos ossos;
  • Aumento de gânglios linfáticos, fígado ou baço.

Quais as causas e como prevenir a leucemia

Na maioria das vezes, não é possível identificar exatamente o que causa a leucemia. No entanto, existem alguns fatores que podem aumentar o risco da doença. 

  • A exposição a substâncias nocivas, como radiações, pesticidas e produtos químicos industriais, como o benzeno, além do tabagismo, são medidas que aumentam as chances de incidência da doença.
  • Condições genéticas também podem contribuir, como no caso da Síndrome de Down. 
  • Pessoas que já passaram por tratamentos com quimioterapia para outros tipos de câncer têm uma maior chance de desenvolver leucemia.
  • Outro ponto que merece atenção é o envelhecimento, que naturalmente aumenta a probabilidade de alterações nas células do sangue. 

Em resumo, embora nem sempre seja possível evitar a doença, adotar hábitos saudáveis e minimizar a exposição a fatores de risco pode fazer a diferença.

Quais as opções de tratamento

O tratamento da leucemia depende do tipo e da gravidade da doença. Hoje, apenas as leucemias agudas têm chances de cura.  Já as leucemias crônicas não têm cura, mas podem ser controladas com quimioterapia, permitindo que os pacientes tenham uma boa qualidade de vida.

Em alguns casos, especialmente em leucemias agudas e, menos frequentemente, em leucemias crônicas, é necessário realizar um transplante de medula óssea. Esse procedimento consiste em substituir a medula doente do paciente por células-tronco saudáveis de um doador compatível.

A escolha do tratamento depende de vários fatores, como o tipo de leucemia, a idade do paciente e o estado geral de saúde. O acompanhamento médico é essencial para decidir a melhor abordagem e garantir o máximo de eficácia possível.

Por que o Fevereiro Laranja destaca a importância da doação de medula

Como vimos, o transplante de medula óssea é uma opção para pacientes com leucemia em estágio avançado, especialmente quando não há resposta ao tratamento convencional. Por isso, o Fevereiro Laranja se torna uma campanha fundamental para conscientizar a população sobre a importância da doação de medula.

Para encontrar um doador compatível, primeiro investigam-se os familiares de primeiro grau do paciente, já que eles têm maior chance de compatibilidade. Porém, a realidade é que a maioria dos pacientes não encontra um familiar compatível. Nesse caso, a busca é ampliada por meio de bancos de medula óssea.

A doação de medula óssea é um ato que pode salvar vidas, mas a chance de encontrar um doador compatível não é alta, o que torna o processo ainda mais desafiador. Por isso, o cadastro de doadores voluntários é fundamental.

Quem decide ser doador passa por exames para avaliar a compatibilidade, e, quando é encontrado um doador compatível, a coleta da medula é realizada, proporcionando uma nova oportunidade de vida para quem enfrenta a leucemia.

O que é necessário para ser um doador de medula óssea?

Para se tornar um doador de medula óssea, é preciso ter entre 18 e 55 anos e estar com boa saúde. Não pode ter histórico de câncer, doenças no sangue ou no sistema imunológico, nem doenças infecciosas. 

O primeiro passo é o cadastro em um hemocentro. No cadastro, é feita a coleta de 5 ml de sangue para testes de compatibilidade. Se houver compatibilidade com um paciente, o doador será chamado para realizar a doação. 

Participe da Campanha Fevereiro Laranja!

Compartilhe as informações do nosso blog e ajude a aumentar a conscientização sobre a leucemia e a importância da doação de medula óssea. Quanto mais pessoas souberem sobre os sintomas e como tratar a doença, mais vidas serão salvas.

Ficou com alguma dúvida ou gostaria de compartilhar alguma experiência sobre o tema conosco? Deixe nos comentários!


* Com informações da EBC – Empresa Brasil de Comunicação e do Ministério da Saúde.

** Confira também aqui no blog o post Você já pensou em ser um doador de medula óssea? Entenda a importância desse gesto.

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