Você já ouviu falar sobre glaucoma? O nome pode até parecer não muito familiar, mas saiba que essa é uma doença bastante comum. E o pior: silenciosa. Os sintomas do glaucoma costumam não se manifestar logo no início. Ou seja, a pessoa pode estar com a doença e não perceber. É por isso que o 26 de maio, data em que se celebra o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma é tão importante.
O glaucoma é um distúrbio que atinge diretamente o nervo óptico dos olhos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, é a segunda maior causa de cegueira no mundo, ficando atrás apenas da catarata. Só no Brasil, a estimativa é de que pelo menos 900 mil pessoas sofram com a doença.
Neste artigo vamos abordar os principais aspectos do glaucoma, além de trazer informações que podem auxiliar no diagnóstico e tratamento da doença. Acompanhe conosco e aproveite para alertar familiares e amigos sobre a importância de cuidar da saúde dos olhos! 🙂
O que é glaucoma?
O glaucoma é uma doença ocular causada principalmente pela elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo óptico e, como consequência, comprometimento visual.
Sabe quando vemos um objeto? Pois então, essa imagem é transmitida do olho ao cérebro através do nervo óptico. Esse nervo funciona como um cabo elétrico, com vários fios que levam a mensagem visual. Ou seja, o glaucoma pode destruir gradativamente esses “fios elétricos”, causando pontos cegos na área de visão.
O que causa o glaucoma?
Vários fatores podem ocasionar a doença, um deles é o aumento da pressão intraocular. Um líquido claro e transparente chamado humor aquoso, circula dentro do olho continuamente nutrindo as estruturas internas do órgão. Se o sistema de drenagem do olho entope, a pressão intraocular aumenta e, com o tempo, pode causar danos irreversíveis ao nervo óptico.
De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o glaucoma não significa exclusivamente pressão intraocular elevada. Muitos portadores da doença podem apresentar a pressão intraocular normal nos exames de rotina e, ainda assim, demonstrarem perda de campo visual.
Quais são os sintomas do glaucoma?
A doença é assintomática no início. Os sintomas do glaucoma só aparecem na fase mais avançada, quando a pessoa começa a esbarrar nas coisas, pois está perdendo a visão periférica. Em outras palavras, enxerga bem o que está na sua frente, mas não enxerga o que está dos lados. Sem tratamento, o paciente pode perder a visão.
De modo geral, a doença aparece com mais frequência a partir dos 40 anos, mas pode ocorrer em qualquer faixa de idade, dependendo da causa que provocou a pressão intraocular mais elevada.
Quais são os tipos de glaucoma?
O glaucoma pode ser de ângulo aberto, de ângulo fechado, congênito ou secundário. Confira as características de cada um deles:
- Glaucoma de Ângulo Aberto: em geral não apresenta sintomas. O paciente não sente dor e perde lentamente a visão, percebendo a perda quando o nervo óptico já está bastante lesado. Dessa forma, a melhor forma de diagnóstico desse tipo de glaucoma é o exame ocular periódico.
- Glaucoma de Ângulo Fechado: ocorre quando o sistema de drenagem é bloqueado, geralmente, pela íris (a parte colorida do olho) e o líquido não consegue penetrar na rede trabecular para ser drenado. O paciente apresenta dores de forte intensidade na cabeça e no olho. Este é o quadro de uma crise de glaucoma agudo, uma emergência oftalmológica que precisa de tratamento imediato.
- Glaucoma Congênito: caracterizado pela má formação no sistema de drenagem que ocorre em recém nascidos e crianças. A criança apresenta lacrimejamento, dificuldade em tolerar a claridade, perda do brilho da região da íris e aumento do volume do globo ocular.
- Glaucoma Secundário: o aumento da pressão intraocular ocorre após doenças inflamatórias, catarata avançada, alteração dos pigmentos naturalmente existentes dentro dos olhos, hemorragia e obstrução de vasos intraoculares. Pode ser decorrente de enfermidades como diabetes, bem como do uso de colírios de corticóide por tempo prolongado sem indicação ou acompanhamento médico.
Por que é importante identificar os sintomas do glaucoma?
Como falamos, o glaucoma é a segunda maior causa de cegueira no mundo, ficando atrás apenas da catarata. Por se tratar de uma doença silenciosa, que não costuma apresentar sintomas na fase inicial, a recomendação é procurar um médico oftalmologista ao menos uma vez ao ano para uma avaliação completa da visão.
Quanto mais cedo for descoberto o glaucoma, maior a chance de tratá-lo.
Quais são os tratamentos disponíveis para o glaucoma?
O glaucoma pode ser controlado por meio de medicação, cirurgia ou raio laser. Como não tem cura, o paciente precisa ser mantido sob constante acompanhamento.
Inicialmente, o tratamento é clínico e à base de colírios.
Alguns tipos de glaucoma estão associados a distúrbios que requerem tratamento específico. Cessada a causa, a pressão intraocular regride e o problema visual desaparece. Portanto, é recomendável a medicação oftalmológica por curto prazo enquanto se trata de outra doença que provocou o glaucoma, por exemplo, diabetes.
É possível prevenir o glaucoma?
A melhor maneira de prevenir o glaucoma é consultar um médico oftalmologista pelo menos uma vez por ano.
Também é importante ficar atento aos fatores de risco. Dessa forma, pessoas que têm parentes portadores de glaucoma, indivíduos com mais de 40 anos, pacientes com alto grau de miopia e diabéticos devem estar ainda mais atentos à realização dos testes de rotina.
Por fim, lembre-se que, apesar de não ter cura, o glaucoma pode ser controlado com o uso de medicamentos apropriados que impedem que a doença avance provocando a perda da visão.
Portanto, reforce com amigos e familiares, a importância de consultar um oftalmologista regularmente. Aliás, você tem o hábito de consultar esse profissional de saúde? Quer ver mais conteúdos sobre saúde ocular por aqui? Conta pra gente nos comentários!
* Confira também aqui no blog o post Você tem cuidado dos seus olhos? Confira 10 dicas sobre saúde ocular.
** Com informações de Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Ministério da Saúde.