Você já pensou em ser um doador de medula óssea? Entenda a importância desse gesto

mulher coletando sangue para ser doador de medula óssea

A Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea acontece de 14 a 21 de dezembro. É uma campanha de fundamental importância para conscientizar a população sobre o transplante de medula e, principalmente, o processo para se tornar um doador de medula óssea.

Você sabia, por exemplo, que a doação é um processo relativamente simples? E que, de acordo com o Ministério da Saúde, o transplante pode beneficiar pessoas com cerca de 80 doenças diferentes?

É fato que as doações têm aumentado nos últimos anos, especialmente devido às campanhas de conscientização. Mas os números precisam ser maiores. Quanto mais doadores estiverem à disposição, mais chances de encontrar medulas compatíveis.

Por isso, neste texto, convidamos você a saber mais sobre o processo, os requisitos e o impacto positivo que uma doação pode ter. Compartilhe a informação e junte-se a nós nessa campanha que salva vidas!

10 perguntas e respostas sobre doação de medula óssea? 

1) O que é medula óssea?

A medula óssea, encontrada no interior dos ossos, contém as células-tronco que produzem os componentes do sangue, incluindo as hemácias ou glóbulos vermelhos, os leucócitos ou glóbulos brancos que são parte do sistema de defesa do nosso organismo, e as plaquetas, responsáveis pela coagulação.

2) Quem necessita de transplante de medula óssea?

Algumas doenças, como os linfomas e a leucemia, afetam as células do sangue, prejudicando o funcionamento da medula óssea e colocando vidas em risco. É quando o transplante se torna necessário e os doadores fundamentais.

O transplante de medula óssea, por sua vez, é um tipo de tratamento proposto para curar essas doenças que afetam as células do sangue. Consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais da medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável.

3) Quem pode ser um doador de medula óssea?

Para se tornar um doador de medula óssea é necessário:

    • Ter entre 18 e 35 anos de idade;
    • Estar em bom estado de saúde;
    • Não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue (como infecção pelo HIV ou hepatite);
    • Não apresentar história de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune.

4) Onde se inscrever para ser um doador voluntário de medula?

Os hemocentros de todos o país realizam o cadastro de doadores voluntários.

5) Como é o cadastro para ser um potencial doador de medula óssea?

Para o cadastramento, o doador deve apresentar documento de identidade e preencher um formulário com suas informações pessoais. Além disso, será necessária a coleta de uma amostra de sangue para testes de tipificação, etapa fundamental para a compatibilidade do transplante. 

Estes dados serão incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) e, em caso de identificação de compatibilidade com um paciente, o doador será contatado para realizar outros testes.

6) Quais as chances de encontrar um doador de medula óssea compatível?

Em função das características genéticas, a chance é de 30% entre irmãos e, infelizmente, muito menor quando buscamos doadores não-aparentados. 

7) O que acontece com o doador de medula óssea antes da doação?

Uma vez identificado um potencial doador compatível, ele é contatado e convidado a realizar novos testes de compatibilidade e uma avaliação clínica e laboratorial. 

Confirmada a compatibilidade com o paciente e o bom estado de saúde do doador, a doação é agendada. Este processo costuma levar 60 dias e não é necessária nenhuma mudança de hábitos de vida, de trabalho ou de alimentação.

8) Como acontece a doação de medula óssea?

A coleta das células-tronco acontece em centros de transplante ou hemocentros públicos ou privados de todo o país autorizados pelo Ministério da Saúde e existem duas maneiras de obter estas células:

    • Na coleta de medula óssea, o procedimento ocorre em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação de 24 horas. As células serão coletadas através de punções na região pélvica posterior. O procedimento dura cerca de 90 minutos.
    • Na doação por aférese, as células são coletadas diretamente da corrente sanguínea, através de um procedimento que dura cerca de 3 a 4 horas. Neste caso, o doador deverá receber uma medicação por 5 dias para estimular as células-tronco.

9) Quais são os riscos para os doadores de medula óssea?

Na doação por punção, o doador costuma relatar dor no local da punção, mas esta tende a desaparecer em alguns dias. Dessa forma, a maioria dos doadores consegue retornar às suas atividades habituais após uma semana. 

Na doação por aférese o doador pode apresentar um quadro gripal durante o uso da medicação para estimular as células-tronco hematopoéticas, mas poderá retornar às suas atividades no dia seguinte à doação. 

É importante mencionar que todas estas questões são temas de conversas com o doador durante sua avaliação clínica.

10) Quanto tempo a medula leva para se recompor?

As células-tronco hematopoéticas se proliferam naturalmente e, por este motivo, cerca de duas semanas após a doação o organismo estará recuperado.

Vale lembrar que compartilhar conhecimento sobre a doação de medula óssea é fundamental para aumentar a conscientização e o número de potenciais doadores. Conversar com amigos, familiares e colegas sobre o tema pode inspirar mais pessoas a se informarem e considerarem a possibilidade de se tornarem doadoras. 

Por fim, esperamos que as informações que disponibilizamos aqui tenham auxiliado você a saber mais sobre a importância de ser um doador de medula óssea. O que você achou sobre este tema? Gostaria de ver mais conteúdos como esse por aqui? Deixe sua opinião nos comentários!


* Confira também aqui no blog o post Doação de sangue: faça parte dessa corrente do bem.

** Com informações do Ministério da Saúde.

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