Muita gente deve estar surpresa com a estatística que trouxemos no título deste post, afinal pouco se fala sobre incontinência urinária. Mas é isso mesmo: de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a incontinência urinária atinge 72% das mulheres no mundo. Cerca de 20% dos casos de incontinência são em mulheres adultas, e em idosas pode chegar a 50%.
Entre as razões que fazem com que a população feminina seja mais suscetível ao distúrbio podemos citar a gestação e o parto, a chegada da menopausa e até mesmo a anatomia do órgão genital feminino. É uma doença totalmente tratável, mas poucas mulheres procuram por tratamento, na maioria das vezes por vergonha ou por achar que faz parte do envelhecimento, embora existam muitos casos em jovens.
Por tais motivos, fomos em busca de informações sobre a incontinência urinária, em especial a feminina, com o objetivo de auxiliar na identificação do problema e na busca por mais qualidade de vida!
O QUE CARACTERIZA A INCONTINÊNCIA URINÁRIA?
A incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra. Distúrbio mais frequente no sexo feminino, pode manifestar-se tanto na quinta ou sexta década de vida quanto em mulheres mais jovens. É uma condição que, principalmente na forma mais grave, pode causar impacto na qualidade de vida da mulher, comprometendo aspectos sociais, físicos e sexuais da paciente.
Vale lembrar que o escape de urina não precisa atingir grandes volumes para caracterizar a incontinência, visto que ela pode ser de três tipos:
- Incontinência de esforço: quando há perda de urina em atividades que contraem a região do abdômen (tossir, espirrar, rir e fazer atividade física de alto impacto);
- Incontinência de urgência: quando há súbita vontade de urinar e a pessoa não consegue chegar a tempo no banheiro;
- Incontinência mista: como o próprio nome sugere, acontece quando há uma associação entre os dois tipos anteriores. É mais comum em idosos, diabéticos e pessoas com lesões na coluna ou medula.
QUAIS AS CAUSAS DO DISTÚRBIO?
Entre as causas mais comuns para não conseguir controlar a perda de urina estão a alteração hormonal e a perda de massa muscular com a chegada da menopausa, além de fatores como:
– Comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico;
– Gestação e parto;
– Tumores malignos e benignos;
– Doenças que comprimem a bexiga;
– Obesidade;
– Tosse crônica dos fumantes;
– Quadros pulmonares obstrutivos que geram pressão abdominal;
– Bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do portador;
– A própria anatomia do órgão genital feminino.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?
São dados importantes para o diagnóstico o levantamento do histórico dos pacientes e a elaboração de um diário onde eles devem registrar as características e frequência da perda urinária.
Outro recurso para firmar o diagnóstico é o exame urodinâmico, que é pouco invasivo e registra a ocorrência de contrações vesicais e a perda urinária sob esforço.
QUAIS AS POSSIBILIDADES DE TRATAMENTO?
O tratamento da incontinência urinária por esforço geralmente é cirúrgico, mas exercícios ajudam a reforçar a musculatura do assoalho pélvico. Para a incontinência urinária de urgência, o tratamento costuma ser feito com medicamentos e fisioterapia.
Lembre-se que as informações que compartilhamos aqui têm o objetivo de informar sobre os sintomas e características da incontinência urinária e de forma alguma substituem a consulta médica. O ideal é que você procure um profissional especializado para realizar o diagnóstico e identificação da causa e do tipo de perda urinária que você apresenta.
Tenha em mente também que a incontinência urinária possui tratamento e, se for devidamente acompanhada pode melhorar em muito a sua qualidade de vida. E se você conhece alguma pessoa que vem sofrendo com o distúrbio e que ainda não procurou ajuda, compartilhe esse post com ela. ????