Diabetes Tipo 2: como prevenir a forma mais comum da doença

A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que 1 em cada 11 pessoas no mundo tem diabetes. E esse número só cresce: no Brasil, entre 2006 e 2016, segundo o Ministério da Saúde, houve um aumento de 60% no diagnóstico da doença, passando a atingir 8,9% da população.

O diabetes possui tratamento e pode ser diagnosticado através de um simples exame de sangue. Entretanto, se não for devidamente acompanhada, a doença pode causar complicações muito graves, como danos em órgãos do corpo e cegueira.

Dessa forma, aproveitamos a chegada do 14 de novembro, data que marca o Dia Mundial do Diabetes, para fazer um alerta sobre sintomas, causas e prevenção do diabetes Tipo 2, que representa cerca de 90% do diagnósticos da doença no país e que na maioria das vezes está relacionado ao estilo de vida do paciente. Confira as informações que selecionamos e saiba como prevenir (ou conviver melhor) com o diabetes!

 

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE DIABETES TIPO 2
O que é diabetes Tipo 2?

Em condições rotineiras, quando o índice de glicose – popularmente chamado de taxa de açúcar – no sangue sobe, células especiais produzem insulina. É essa substância que irá determinar se a glicose vai ser utilizada como combustível para as atividades do corpo ou será armazenada em forma de gordura.

No caso do diabetes Tipo 2, o organismo não produz insulina suficiente para controlar o índice de glicose no sangue, ou não é capaz de usar adequadamente a que produz. É uma doença que na maioria dos casos tem relação com sobrepeso, sedentarismo e hipertensão.

Quais são os sintomas da doença?

A ocorrência das seguintes condições podem ser um sinal de alerta:

– Fome frequente;

– Sede constante;

– Formigamento nos pés e mãos;

– Vontade de urinar diversas vezes;

– Infecções frequentes na bexiga, nos rins e na pele;

– Feridas que demoram para cicatrizar;

– Visão embaçada.

Caso algum desses sintomas esteja presente, é importante consultar o médico para averiguar se está tudo bem. Um simples exame de sangue pode revelar se você tem diabetes. Com uma gotinha de sangue e três minutos de espera, já é possível saber se há alguma alteração na taxa de glicemia. Caso a alteração seja considerável, será necessária a realização de outros exames mais aprofundados.

O que é o pré-diabetes?

Pré-diabetes é quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não estão elevados o suficiente para caracterizar de fato o diabetes.

É um sinal de alerta do corpo, e que é muito importante por ser a única etapa que ainda pode ser revertida, prevenindo a evolução da doença. A mudança de hábitos alimentares e a prática de exercícios são os principais fatores de sucesso para o controle.

Como prevenir o diabetes?

A melhor forma de prevenir o diabetes é através da adoção de hábitos saudáveis, entre eles:

– Comer diariamente verduras, legumes e frutas;

– Reduzir o consumo de sal, açúcar e gordura;

– Parar de fumar;

– Praticar exercícios físicos regularmente;

– Manter o peso controlado.

Quais fatores de risco para desenvolver o diabetes?

Além da ausência de hábitos saudáveis, existem outros fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento do diabetes, tais como:

– Diagnóstico de pré-diabetes;

– Pressão alta;

– Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue;

– Sobrepeso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura;

– Pais, irmãos ou parentes próximos com diabetes;

– Doenças renais crônicas;

– Mulher que deu à luz criança com mais de 4kg;

– Diabetes gestacional;

– Síndrome de ovários policísticos;

– Diagnóstico de distúrbios psiquiátricos – esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar;

– Apneia do sono;

– Uso de medicamentos da classe dos glicocorticoides.

Quais são as complicações que a doença pode ocasionar?

É importante lembrar que o gerenciamento adequado da taxa de glicemia reduz drasticamente o risco de desenvolver uma complicação. O diabetes é uma doença cercada de mitos, mas, na verdade, quem tem o problema pode levar uma vida saudável e ativa.

Entretanto, se não houver acompanhamento, o diabetes Tipo 2  pode favorecer algumas complicações como a nefropatia diabética, que pode levar à insuficiência renal e necessidade de diálise e transplante de rins, a retinopatia diabética, que pode levar a um comprometimento da visão e cegueira, e a neuropatia periférica, que é uma complicação associada a dores e dormência em membros inferiores.

Qual o tratamento para o diabetes Tipo 2?

Via de regra, assim que o diabetes Tipo 2 é diagnosticado, as primeiras recomendações médicas incluem a manutenção de um estilo de vida saudável, com dieta balanceada, prática de exercícios físicos, abandono do tabagismo e controle da ingestão de bebidas alcoólicas.

O médico também pode receitar remédios para o controle da doença, conhecidos como antidiabéticos orais. Existem diferentes tipos de medicamentos que atuam em várias frentes metabólicas para regular a glicemia, e cabe ao especialista avaliar a combinação ideal para cada paciente. A automedicação neste caso é mais do que perigosa, pois muitos remédios são contraindicados para gestantes e pacientes renais, por exemplo.

Além disso, alguns casos do diabetes Tipo 2 podem requerer a reposição de insulina através de injeções. Mais uma vez caberá ao médico especialista a indicação das doses e horários, além de orientar o paciente em relação à medição do índice de glicose, armazenamento das injeções e tudo o que envolve o procedimento.

Em se tratando de diabetes, o importante é se atentar para os sintomas no sentido de realizar o diagnóstico precoce. Uma vez diagnosticada a doença, podem existir algumas dificuldades até que os procedimentos se tornem algo natural na rotina, mas com o tempo é possível levar uma vida normal e sem complicações.

Compartilhe esse post com amigos e familiares e entre conosco nessa campanha de prevenção do diabetes Tipo 2! Para saber mais sobre os outros tipos da doença, confira aqui no blog o post 6 sintomas que podem ser um alerta do diabetes. ????


* Com informações de Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Diabetes.

 

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