É A doação de órgãos e tecidos é um tema de extrema importância no contexto da saúde pública. Trata-se de um ato que tem o potencial de salvar vidas e melhorar a condição de indivíduos que aguardam por transplantes. No entanto, é fundamental compreender os requisitos e procedimentos necessários para se tornar um doador de órgãos.
Vale lembrar que, na maioria das vezes, o transplante de órgãos pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam da doação. Atualmente, mais de 60 mil pessoas no Brasil aguardam por um órgão para transplante. Por isso, é fundamental conscientizar a população sobre a importância do ato de doar órgãos ou tecidos.
Pensando nisso, nós aqui da Farmácias Associadas, reunimos algumas informações para, juntos, levarmos a campanha da doação adiante. Confira o conteúdo que preparamos e saiba mais sobre esse gesto que, todos os anos, salva milhares de vidas! ❤️
O que é a doação de órgãos?
A doação de órgãos é um ato por meio do qual se busca restabelecer as funções de um órgão ou tecido doente. Para isso, são retirados órgãos ou tecidos de uma pessoa viva ou falecida (doador) para serem utilizados no tratamento de outras pessoas (receptores).
Falamos em receptores, assim no plural, porque de um único doador é possível obter vários órgãos e tecidos para realização do transplante. É possível doar rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, valvas cardíacas, pele, ossos e tendões.
Ou seja, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos e tecidos provenientes de um mesmo doador. Em média, um único doador pode salvar até 10 vidas.
O doador de órgãos pode ser uma pessoa viva?
Em alguns casos, sim. Um doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula ou parte dos pulmões, sendo que a compatibilidade sanguínea é necessária em todos os casos.
Pela legislação, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. A doação de órgãos de pessoas vivas que não são parentes, só acontece mediante autorização judicial.
Além disso, o doador vivo deve ser pessoa maior de idade e juridicamente capaz, saudável e que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde.
E em que casos a pessoa falecida pode ser um doador de órgãos e tecidos?
O doador falecido pode ser qualquer pessoa com diagnóstico de morte encefálica (como vítimas de traumatismo craniano, AVC e derrame cerebral) ou com morte causada por parada cardiorrespiratória.
Vale lembrar que os critérios para identificar a morte cerebral ou encefálica são rígidos. Assim, são necessários dois exames clínicos com intervalos que variam de acordo com a idade dos doadores, realizados por médicos diferentes.
Nesse caso pode ser realizada a doação de órgãos como rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino, além de tecidos como córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, cartilagem, medula óssea, sangue do cordão umbilical, veias e artérias.
Quem pode se beneficiar de um transplante de órgãos?
Quem pode se beneficiar do transplante? Pessoas com doenças crônicas ou agudas, cujos tratamentos já esgotaram as possibilidades de recuperação e que cuja única alternativa seja a substituição do órgão ou tecido afetado, e para as quais o transplante seja uma indicação formal e uma possibilidade terapêutica vantajosa.
Atualmente, mais de 60 mil pessoas no Brasil aguardam por um órgão para transplante. Dessas, mais de 37 mil aguardam um transplante de rim. Cerca de 370 pessoas aguardam por um coração na fila do transplante atualmente.
O Sistema Nacional de Transplantes, coordenado pelo Ministério da Saúde, é responsável pela regulamentação, controle e monitoramento do processo de doação e transplantes realizados no país.
Como funciona a lista de espera do transplante?
Primeiramente, só pode estar inscrito na lista de espera os pacientes avaliados por equipes transplantadoras, que confirmem a necessidade do transplante e que apresentem doenças reconhecidamente transplantáveis.
A lista para transplantes é única e vale tanto para os pacientes do SUS quanto para os da rede privada. Essa lista funciona baseada em critérios técnicos, em que a tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem transplantados.
Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate. Pacientes em estado crítico possuem prioridade, em razão de sua condição clínica.
Como faço para ser um doador de órgãos?
Segundo a legislação vigente no país, a família precisa autorizar a doação dos órgãos da pessoa falecida, sendo que essa é uma decisão soberana.
Portanto, é importante falar para a sua família que você deseja ser um doador de órgãos, para que após a sua morte, os familiares possam autorizar a retirada de órgãos e tecidos para a doação.
Após a manifestação do desejo da família em doar os órgãos do parente, a equipe de saúde realiza outra parte da entrevista, que contempla a investigação do histórico clínico do possível doador.
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista de espera. Como falamos, a lista é única, organizada por Estado ou região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
Doação de órgãos: fale com a sua família
De acordo com uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a recusa familiar é o principal motivo que impede a doação de órgãos no Brasil.
Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), 43% das famílias recusaram a doação de órgãos de seus parentes após morte encefálica comprovada em 2021.
Portanto, se você quer ser um doador de órgãos, converse com a sua família! A decisão de se tornar um doador é um passo valioso que pode oferecer esperança e uma nova chance de vida a quem mais precisa.
Ficou com alguma dúvida sobre como ser um doador de órgãos? Quer ver mais conteúdos sobre esse assunto por aqui? Deixe sua sugestão nos comentários!
* Confira também aqui no blog o post 11 hábitos simples para ter uma vida mais saudável.
** Com informações do Ministério da Saúde.