Em meio a uma rotina cada vez mais frenética, o estresse é um companheiro quase inevitável. Trata-se de um fenômeno complexo que vai além do âmbito emocional, manifestando-se também fisicamente. Ou seja, à medida que as responsabilidades cotidianas se acumulam, nosso corpo responde de maneiras sutis, porém reveladoras. E reconhecer esses sinais físicos é um passo importante no combate ao estresse.
Dessa forma, aproveitamos a proximidade do dia 23 de setembro, data que marca o Dia do Combate ao Estresse, para falar sobre os sintomas físicos mais comuns associados a essa sensação.
Ao entendermos como nosso organismo se comunica quando a pressão se torna excessiva, ganhamos não apenas a capacidade de mitigar o estresse, mas também de cultivar uma relação mais consciente e equilibrada com nossa própria saúde mental.
Acompanhe o conteúdo que preparamos e descubra como o corpo nos alerta sobre a necessidade de cuidado e atenção!
O que é o estresse?
O estresse representa uma resposta inerente do corpo diante de situações que percebemos como ameaçadoras ou perigosas. É um mecanismo que nos coloca em estado de alerta, desencadeando uma série de alterações tanto físicas quanto emocionais.
Embora essa reação seja essencial para nossa capacidade de adaptação a novas circunstâncias, quando experimentada de maneira exacerbada, pode resultar em condições potencialmente prejudiciais como ansiedade, depressão e complicações de ordem cardíaca, dermatológica e gastrointestinal.
Ou seja, é comum que todos enfrentem algum nível de estresse em seu dia a dia, sendo parte inerente da experiência humana. O desafio surge quando essa condição ultrapassa nossa capacidade de adaptação ou persiste de maneira prolongada, demandando atenção e estratégias de combate ao estresse.
5 sintomas físicos do estresse
1) Tensão muscular
A tensão muscular é um dos sintomas físicos mais perceptíveis e prevalentes associados ao estresse prolongado. Quando enfrentamos situações de pressão constante, o corpo tende a reagir contraindo os músculos de maneira involuntária e contínua.
Isso frequentemente se manifesta de forma mais proeminente nas áreas dos ombros, pescoço e costas, regiões que são particularmente sensíveis a esse tipo de resposta. Essa tensão persistente pode criar uma série de desconfortos e até mesmo levar a problemas de postura, contribuindo dessa forma para dores crônicas.
2) Dores de cabeça
Quando estamos sob constante pressão, o corpo reage liberando uma série de substâncias químicas, como hormônios do estresse, em uma tentativa de lidar com a situação. No entanto, essa liberação descontrolada e crônica pode ter um efeito adverso sobre o sistema nervoso, levando à sensação de dor na região da cabeça.
Essa dor de cabeça pode variar de intensidade, desde uma leve e incômoda sensação até episódios mais intensos e debilitantes. Muitas vezes, é descrita como uma pressão ou aperto na cabeça, podendo também se manifestar como enxaquecas, caracterizadas por dores pulsantes e frequentemente acompanhadas de sintomas como náuseas, sensibilidade à luz e ao som.
3) Distúrbios gastrointestinais
Quando somos submetidos a situações de tensão prolongada, o sistema nervoso reage de forma direta e intensa no trato gastrointestinal. Isso pode resultar em uma série de problemas, incluindo dor abdominal, desconforto gástrico e alterações nos padrões de evacuação.
A dor abdominal também é uma queixa comum entre pessoas que enfrentam altos níveis de estresse. Ela pode variar em intensidade e localização, sendo descrita como uma sensação de aperto, queimação, bem como pontadas na região do abdômen.
4) Problemas de pele
Eczema, psoríase e acne são algumas das condições de pele mais comumente associadas ao estresse persistente.
O eczema, por exemplo, é uma condição inflamatória que causa erupções cutâneas avermelhadas e coceiras. O estresse pode desencadear surtos ou tornar os sintomas existentes mais intensos.
A psoríase, por sua vez, é uma condição crônica caracterizada por manchas espessas e escamosas na pele, muitas vezes agravada em períodos de alta tensão emocional.
Além disso, o aumento do estresse pode resultar em um aumento na produção de óleo pela pele, contribuindo para a ocorrência ou agravamento da acne.
5) Alterações dos batimentos cardíacos
As alterações nos batimentos cardíacos são um reflexo direto da influência do estresse prolongado sobre o sistema cardiovascular. Nesses períodos de pressão constante, o corpo reage ativando o sistema nervoso, o que resulta em um aumento na frequência cardíaca e na pressão arterial.
Isso ocorre como uma resposta natural, uma tentativa do organismo de se adaptar às demandas externas.
É importante lembrar que esses sintomas podem variar de pessoa para pessoa e podem ser influenciados por fatores individuais. Em todo caso, ao experimentar essas condições de forma persistente, é aconselhável procurar orientação médica para avaliação e aconselhamento adequados.
3 dicas de combate ao estresse
Ao abordar o combate ao estresse, é essencial focar em três pontos-chave, quais sejam:
1) Gerenciar os fatores estressantes
O primeiro passo consiste em identificar os elementos que exercem maior pressão em nossa rotina. A partir disso, podemos optar por eliminá-los, gerenciá-los de maneira mais eficaz ou, quando apropriado, adiar sua resolução.
Isso implica em respeitar nossos próprios limites e aprimorar habilidades como assertividade, negociação e priorização.
2) Aumentar a resistência aos estressores
Aumentar a resistência aos estressores envolve manter nosso organismo em boas condições para enfrentar desafios. Recomenda-se, portanto:
– Priorizar uma boa qualidade de sono;
– Cuidar da saúde física e emocional;
– Adotar uma alimentação equilibrada;
– Incorporar atividades físicas regulares à rotina;
– Reservar momentos para desfrutar de prazeres e relaxamento;
– Evitar o consumo de estimulantes e substâncias prejudiciais.
3) Adotar formas eficazes de lidar com o estresse
Quando não é possível alterar ou eliminar o estressor em questão, é crucial portanto adaptar-se a ele da melhor maneira possível. Por exemplo, se o trânsito é fonte de estresse, considere explorar alternativas como ajustar horários ou escolher rotas alternativas, ouvindo música durante o trajeto.
Por fim, se você vem sentindo dificuldades de controlar e combater o estresse, não hesite em buscar ajuda médica e jamais recorra à automedicação.
Esperamos que as informações compartilhadas aqui sejam úteis para identificar o estresse e também lidar com essa situação de modo mais eficaz. Tem alguma estratégia ou dica de combate ao estresse? Compartilhe conosco nos comentários!
* Confira também aqui no blog o post Transtorno de ansiedade: quando a ansiedade é prejudicial?
** Com informações de Ministério da Saúde e Hospital Israelita Albert Einstein.