A gordura abdominal, muitas vezes referida como a “barriguinha”, é uma questão estética para muita gente. Mas você sabia que, muito além do quesito beleza, o acúmulo de gordura nessa região pode representar um sério risco para a saúde, contribuindo para o desenvolvimento de diversas doenças?
Desde problemas cardiovasculares até doenças neurológicas, a gordura abdominal está intimamente ligada a uma série de complicações.
Neste texto, vamos tratar dos riscos associados ao acúmulo de gordura abdominal, bem como estratégias eficazes para reduzi-la e promover uma melhora geral da saúde. Confira o conteúdo que preparamos e descubra como cuidar ainda melhor do seu corpo!
O que é gordura abdominal?
A gordura abdominal, como o próprio nome dá a entender, refere-se ao acúmulo de gordura na região da barriga. Esse tipo de gordura pode ser dividido em duas categorias: subcutânea e visceral.
- A gordura subcutânea se acumula logo abaixo da pele, sendo mais visível e palpável. É ela a responsável pela popular “pochete”. Embora seu excesso possa afetar a estética, não é tão prejudicial à saúde.
- A gordura visceral, por sua vez, é aquela que se esconde atrás da parede muscular abdominal, tornando-se menos visível, mas significativamente mais perigosa. A gordura visceral é tão nociva porque libera substâncias inflamatórias e hormônios que podem causar inflamação crônica no corpo.
Quais os riscos da gordura visceral para a saúde?
Em artigo publicado na Forbes, Eduardo Rauen, médico nutrólogo do Hospital Israelita Albert Einstein, alerta que há anos as pesquisas indicam que o acúmulo de gordura visceral está ligado a diversas condições e problemas de saúde, tais como:
- Colesterol alto;
- Diabetes tipo 2;
- AVC;
- Problemas de fertilidade;
- Alguns tipos de câncer;
- Doenças hepáticas;
- Doenças cardiovasculares;
- Doenças neurológicas (incluindo o Alzheimer).
No mesmo sentido, a endocrinologista Juliana Gabriel, em entrevista ao portal Drauzio Varella, lembra que a gordura abdominal está diretamente relacionada a diversas comorbidades.
“A presença excessiva de gordura visceral, por exemplo, pode levar a uma inflamação crônica, desregulando processos metabólicos e aumentando o risco de doenças crônicas, pois, diferente da gordura subcutânea (que fica logo abaixo da pele), a gordura abdominal pode inflamar e levar a um estado chamado síndrome da resposta inflamatória sistêmica”, explica a especialista.
Quando a gordura abdominal representa um risco?
A presença de alguma gordura na região abdominal é uma ocorrência comum e até esperada no corpo humano. Ou seja, o problema está no excesso desse acúmulo.
Dito isso, identificar se você está em risco é relativamente simples. Basta pegar uma fita métrica e medir a circunferência da sua barriga, posicionando-a na altura do umbigo.
Segundo as diretrizes atuais, compartilhadas pelo Ministério da Saúde, homens com uma circunferência abdominal superior a 94 cm e mulheres com mais de 80 cm são considerados como tendo um excesso de gordura abdominal, mesmo que o peso corporal total seja considerado saudável.
Em síntese, a barriguinha pode indicar um risco significativo para a saúde, e é essencial estar atento aos sinais que o corpo nos dá.
Fatores de risco e causas da “barriguinha”
A gordura abdominal pode surgir devido a uma série de fatores que impactam diretamente o equilíbrio do corpo, sendo os principais:
- Dietas inadequadas: especialmente aquelas ricas em gorduras trans e saturadas, bem como o consumo excessivo de carboidratos refinados, como açúcares e farinha branca.
- Questões hormonais: desequilíbrios hormonais podem aumentar a propensão ao acúmulo de gordura, pois afetam diretamente o metabolismo e a distribuição de gordura no corpo.
- Estilo de vida sedentário: a falta de atividade física regular pode contribuir para o aumento da gordura visceral.
- Predisposição genética: algumas pessoas podem ter uma maior propensão a acumular gordura na região abdominal devido à herança genética, o que pode tornar mais desafiador perder esse tipo específico de gordura.
- Estresse: a gordura abdominal também está associada a níveis elevados de cortisol, o hormônio do estresse. O excesso de cortisol pode também aumentar a inflamação no corpo, contribuindo portanto para uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares e distúrbios metabólicos.
- Distúrbios do sono: a falta de sono adequado pode afetar os hormônios reguladores do apetite, aumentando o desejo por alimentos ricos em calorias e carboidratos, e promovendo o ganho de peso, especialmente na região abdominal.
Como reduzir a gordura abdominal
Só de analisar os fatores de risco e as causas do acúmulo de gordura abdominal já dá pra ter uma boa ideia do caminho para combater a “barriguinha”, não é mesmo? De qualquer forma, não custa dar uma ressaltada nas seguintes recomendações que auxiliam na redução da gordura abdominal:
- Priorize uma alimentação saudável, baseada em frutas, vegetais, grãos integrais e fontes magras de proteína.
- Evite o consumo de carboidratos refinados e alimentos com adição de açúcares, como pães brancos, doces e refrigerantes.
- Incorpore pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada a vigorosa por semana.
- Assegure uma boa qualidade de sono, com uma média de sete a nove horas por noite.
- Gerencie o estresse e cultive relacionamentos saudáveis para promover o bem-estar emocional.
É importante também que você consulte um médico, ou profissional de saúde, antes de iniciar qualquer programa de perda de peso ou exercício, especialmente se tiverem condições médicas pré-existentes.
Por fim, lembre-se que a consistência nos hábitos é essencial para prevenir o acúmulo de gordura abdominal e mitigar potenciais riscos à saúde.
Agora conta pra gente: você já está tomando medidas para cuidar da sua saúde e reduzir a gordura abdominal? Compartilhe conosco nos comentários abaixo suas experiências, dúvidas ou estratégias. Juntos, podemos inspirar e apoiar uns aos outros nessa jornada rumo ao bem-estar!
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** Com informações do Ministério da Saúde, Forbes e portal Drauzio Varella.