O câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens no Brasil, atrás apenas do câncer de pele do tipo não melanoma.
De acordo com informações do INCA – Instituto Nacional do Câncer, quando detectado precocemente, o tratamento do câncer de próstata é menos invasivo e oferece mais chances de cura. O problema é que, como o diagnóstico envolve o exame de toque retal, muitos homens relutam em realizá-lo em função do preconceito.
Assim, um dos objetivos da campanha Novembro Azul é justamente quebrar esses tabus e conscientizar a população masculina de que os cuidados com a saúde devem ser colocados acima dessas barreiras.
A rede Farmácias Associadas também acredita que disseminar informação é um movimento importante para fortalecer o combate ao câncer de próstata. Por isso relacionamos abaixo as principais peculiaridades da doença e o que pode ser feito no sentido de prevenção. Confira as informações e compartilhe com seus amigos e familiares, pois eles também podem querer saber mais sobre o assunto.
AFINAL O QUE É A PRÓSTATA?
A próstata é uma glândula presente nos homens, localizada na frente do reto, abaixo da bexiga, envolvendo a parte superior da uretra (canal por onde passa a urina). A próstata não é responsável pela ereção nem pelo orgasmo. Sua função é produzir um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozoides.
Em homens jovens, a próstata possui o tamanho de uma ameixa, mas seu tamanho aumenta com o passar dos anos.
E O QUE É O CÂNCER DE PRÓSTATA?
As células são as menores partes do corpo humano. Durante toda a vida, as células se multiplicam, substituindo as mais antigas por novas. Mas, em alguns casos, pode acontecer um crescimento descontrolado das células, formando tumores que podem ser benignos ou não, configurando nesse último caso o câncer de próstata.
QUAIS FATORES AUMENTAM O RISCO DE CÂNCER DE PRÓSTATA?
A ocorrência de algumas situações pode aumentar as chances de desenvolvimento de câncer de próstata. Assim, entre os fatores de risco temos:
– Idade: o risco aumenta com o avançar da idade. No Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos.
– Histórico de câncer na família: homens cujo pai ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos fazem parte do grupo de risco.
– Sobrepeso e obesidade: estudos recentes mostram maior risco de câncer de próstata em homens com peso corporal elevado.
A presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que o homem necessariamente terá a doença. Mas é um alerta para que adote os devidos cuidados e reforce o hábito de realizar exames preventivos.
QUAIS MEDIDAS DE PREVENÇÃO PODEM SER ADOTADAS?
Fatores de risco como idade e histórico na família por óbvio não são passíveis de controle, entretanto existem os chamados fatores de risco comportamentais que podem ser contidos.
Nesse sentido, adotar práticas saudáveis diminui o risco de desenvolver não apenas o câncer como diversas outras doenças. Assim é altamente recomendado:
– Ter uma alimentação saudável;
– Manter o peso corporal adequado;
– Praticar atividade física;
– Não fumar;
– Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA DOENÇA?
Na fase inicial o câncer de próstata pode não apresentar sintomas. Porém, quando apresenta, os mais comuns são:
– Dificuldade de urinar;
– Demora em começar e terminar de urinar;
– Presença de sangue na urina;
– Diminuição do jato de urina;
– Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.
Se alguns dos sintomas acima forem constatados é necessário procurar uma unidade de saúde para realizar exames e investigar a possibilidade de se tratar de câncer de próstata.
QUAIS EXAMES SÃO UTILIZADOS PARA DETECTAR O CÂNCER?
Para investigar os sintomas e descobrir se o câncer de próstata está presente ou não, são feitos basicamente dois exames iniciais:
– Exame de toque retal: neste procedimento o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo protegido por uma luva no reto. Este exame permite apalpar as partes posterior e lateral da próstata.
– Exame de PSA: é um exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata – Antígeno Prostático Específico (PSA). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata.
Em geral a realização desses procedimentos é indicada quando existem sintomas de câncer de próstata ou quando o paciente tem a ocorrência dos fatores de risco. Por isso é preciso avaliar com o médico a frequência e a necessidade de realização de tais exames.
E SE HOUVER ALGUMA ALTERAÇÃO NOS EXAMES?
Caso seja encontrada alguma alteração no exame de PSA ou no de toque retal será indicada a realização de uma biópsia para confirmar a doença.
A biópsia consiste na retirada de pedaços muito pequenos da próstata para serem analisados em laboratório.
Em havendo confirmação do câncer de próstata, o tratamento é feito por meio de uma ou várias técnicas combinadas, tais como cirurgia, quimioterapia e radioterapia. A escolha do melhor tratamento é feita individualmente, por médico especializado, caso a caso, após definir quais os riscos, benefícios e melhores resultados para cada paciente, conforme o estágio da doença e as condições clínicas do paciente.
PREVENÇÃO QUE SALVA VIDAS
O câncer de próstata, em alguns casos, cresce de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Em outras situações, pode crescer rapidamente, se espalhar para outros órgãos e causar a morte. Por isso, observar os sinais do corpo e realizar medidas de prevenção, incluindo a realização de consultas médicas periódicas, é a melhor forma de salvar vidas.
As informações aqui compartilhadas têm o objetivo de informar sobre ações importantes de prevenção e não substituem em hipótese alguma a consulta médica. Em caso de dúvidas, oriente seus amigos e familiares a procurar atendimento especializado. E lembre-se que, quando detectado precocemente, o câncer de próstata tem altas chances de cura.
* Com informações de Câncer de próstata: vamos falar sobre isso?, cartilha publicada pelo Ministério da Saúde e Instituto Nacional de Câncer (edição 2019).