Você já ouviu falar sobre a Psoríase? Embora com nome um pouco complicado, e desconhecida de grande parte da população, a doença afeta cerca de 5 milhões de pessoas no Brasil. É por isso que o 29 de outubro, Dia Nacional de Combate à Psoríase, é tão importante, uma vez que estimula o compartilhamento de informações para incentivar a busca por auxílio médico.

Como veremos no decorrer deste texto, a Psoríase causa desconforto físico e também pode afetar severamente a autoestima e a qualidade de vida do paciente. Isso porque a doença causa lesões avermelhadas e descamativas na pele.

Dessa forma, reunimos aqui algumas informações que podem ajudar na identificação da doença e no controle das lesões. Com o diagnóstico correto e tratamento adequado, é possível levar uma vida plena e conviver melhor com essa condição dermatológica! 🙂

O que é Psoríase?

A Psoríase é uma doença autoinflamatória e crônica da pele, não contagiosa, que se caracteriza pela presença de manchas róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas. 

Esta condição pode afetar várias áreas do corpo, sendo o couro cabeludo, cotovelos, joelhos, palmas das mãos, plantas dos pés, unhas e tronco os locais mais frequentemente atingidos. As lesões podem surgir em ambos os lados do corpo.

A doença atinge homens e mulheres, em qualquer idade, podendo ocorrer desde formas localizadas e discretas, até formas muito severas acometendo grande área da superfície corporal.

A Psoríase é uma condição cíclica, ou seja, apresenta períodos de melhora intercalados com recaídas. Estes ciclos estão frequentemente relacionados a diversos fatores, como traumas físicos, exposição a substâncias químicas, queimaduras solares, infecções e estresse emocional.

O que causa a Psoríase?

A Psoríase está relacionada à predisposição genética, mas também tem ligação com fatores ambientais e de comportamento. Ou seja, embora exista uma predisposição familiar, a doença não é necessariamente transmitida aos descendentes. 

Acredita-se que ela se desenvolve quando os linfócitos T (células responsáveis pela defesa do organismo) liberam substâncias inflamatórias que promovem dilatação dos vasos sanguíneos e dirigem outras células do sistema de defesa para pele, como neutrófilos. 

Este processo de ataque inflamatório à pele faz com que esta responda acelerando sua proliferação, o que resulta na descamação observada nas lesões. Normalmente, essa cadeia só é quebrada com tratamento. 

Quais são os sintomas da doença?

Os sintomas da Psoríase costumam variam de paciente para paciente, conforme a apresentação e gravidade da doença, mas podem incluir:

• • Manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas;
  • Pequenas manchas brancas ou escuras residuais após melhora das lesões avermelhadas;
  • Pele ressecada e rachada, às vezes com sangramento;
  • Coceira, queimação e dor;
  • Unhas grossas, descoladas, amareladas e com alterações da sua forma (sulcos e depressões);
  • Inchaço e rigidez nas articulações, e em casos mais graves, destruição das articulações e deformidades.

Em casos de Psoríase leve pode haver apenas um desconforto por causa dos sintomas, mas nos casos mais graves, pode ser dolorosa. Assim, o ideal é procurar tratamento assim que os sintomas mais leves surgirem.

Quais fatores agravam o quadro da Psoríase?

É fato que a Psoríase tem relação com o histórico familiar. Além disso, outros fatores podem aumentar as chances de uma pessoa desenvolver a doença ou piorar o quadro clínico já existente, dentre eles:

• • Estresse: muitos pacientes relatam o aparecimento ou agravamento das lesões após situações de estresse;
  • Obesidade: o excesso de peso pode aumentar o risco de desenvolver a doença;
  • Baixas temperaturas: como a pele fica mais ressecada, a Psoríase tende a melhorar com a exposição solar;
  • Infecções diversas;
  • Medicamentos: sendo os mais comuns os antimaláricos, medicamentos para tratar hipertensão e transtorno bipolar;
  • Consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo.

Como tratar a Psoríase?

Cada tipo e gravidade de Psoríase podem responder melhor a um tipo diferente de tratamento. Assim, o que funciona bem para uma pessoa não necessariamente funcionará para outra. Dessa forma, o tratamento da doença é individualizado.

Confira quais são os tratamentos mais comuns:

• Tratamento tópico: medicamentos em cremes e pomadas, aplicados diretamente na pele;
• Tratamentos sistêmicos: medicamentos em comprimidos ou injeções;
• Tratamentos biológicos: medicamentos injetáveis, indicados para o tratamento de pacientes com Psoríase grave;
• Fototerapia: consiste na exposição da pele à luz ultravioleta de forma consistente e com supervisão médica. 

É importante salientar que qualquer tratamento deve ser feito sob rigorosa orientação médica, de forma persistente, sendo necessário, em alguns casos, suporte psicológico para uma melhor adaptação ao impacto provocado pela doença. Além disso, um estilo de vida saudável pode ajudar na diminuição da progressão ou melhora da Psoríase.

Esteja atento aos sinais. Caso perceba qualquer um dos sintomas, procure orientação médica. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais fácil será o tratamento. Hoje, com as diversas opções de tratamento disponíveis, já é possível controlar as lesões, independentemente da gravidade da Psoríase.

Ficou com alguma dúvida sobre o que é a Psoríase? Quer mais temas como esse por aqui? Conta pra gente nos comentários!

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* Confira também aqui no blog o post Combate ao estresse: 5 sinais físicos de que você pode estar estressado.

** Com informações da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Dermatologia.