Setembro Amarelo: agir salva vidas

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Todo mundo conhece alguém que cometeu suicídio ou que, ao menos, já tentou. E todo mundo já ouviu (ou, pior, já falou) coisas como “quem avisa não se mata”, “isso é drama” ou “foi um ato de covardia”. O que pouca gente sabe é que suicídio é considerado um problema de saúde pública, que devasta famílias, causa traumas sociais enormes e com o qual pouca gente sabe lidar. Aliás, essas frases não devem, jamais, ser ditas sobre alguém que cometeu ou está em risco de cometer suicídio. Além de não serem verdadeiras, só aumentam o estigma sobre o problema, tornando ainda mais fundo o abismo para quem está sofrendo e para suas famílias.

Para disseminar informação sobre o tema e ajudar a prevenir o suicídio, a Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, promove pelo oitavo ano consecutivo a campanha do Setembro Amarelo, com o tema “Agir salva vidas”. A iniciativa se estende por todo o mês e o dia 10 é considerado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

No Brasil, os casos passam de 13 mil por ano, podendo ser bem maiores em decorrência das subnotificações. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo. Já no que se refere às tentativas, uma pessoa atenta contra a própria vida a cada três segundos. Em termos numéricos, calcula-se que aproximadamente um milhão de casos de óbitos por suicídio são registrados por ano em todo o mundo.

Não é drama. É transtorno mental.

Estudos apontam que em mais de 98% dos casos, o suicídio foi causado por transtornos mentais não tratados corretamente ou não identificados e acompanhados por psiquiatra. Cerca de 96,8% estão relacionados à depressão e ao transtorno bipolar. Por isso, a saúde mental é um tema importante para a saúde pública. “Precisamos orientar e conscientizar a sociedade sobre a prevenção do suicídio. Por isso, neste mês de setembro, concentramos os nossos esforços na prevenção efetiva. A morte por essa causa é uma emergência médica e pode ser evitada através do tratamento adequado do transtorno mental de base”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva, no lançamento da campanha.

campanha setembro amarelo

O que fazer?

Conversar sobre o tema é a melhor maneira de disseminar informação correta e ajudar a prevenir o suicídio. É conversando que aparecem os sinais de alerta que podem indicar o risco de suicídio em pessoas próximas, facilitando a busca por ajuda e evitando o pior. Conheça os principais sinais de que algo está errado e que é hora de buscar a orientação do psiquiatra.

  • Desejo de morrer
  • Sentimento de vazio
  • Falta de esperança e tristeza extrema
  • Ansiedade e agitação
  • Sentimento de raiva ou dor persistentes e intensos
  • Discursos de despedida
  • Distribuição de bens e testamentos
  • Atitudes arriscadas ou irresponsáveis, como dirigir perigosamente
  • Uso abusivo de álcool ou drogas
  • Dormir em excesso
  • Comer mais ou menos do que o normal
  • Sentir-se preso, sem motivo para viver, sem ânimo e motivação
  • Alterações intensas de humor
  • Automutilação
  • Alucinações e vozes
Como ajudar?
  • Ouça a pessoa sem fazer julgamentos
  • Escute e acolha a dor do outro e, se possível, proponha uma solução em conjunto
  • Não deixe a pessoa sozinha
  • Evite o acesso a armas, objetos cortantes, cordas, pesticidas álcool e outras drogas
  • Busque ajuda especializada em uma unidade de saúde ou com o médico psiquiatra

Saiba mais sobre a campanha Setembro Amarelo em www.setembroamarelo.com.

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